segunda-feira, 30 de março de 2009

Manual do (pseudo) cult

No decorrer dos tradicionais diálogos emeésseênicos do domingo à noite, eis que me mostram um texto extremamente interessante que relata uma qualidade no qual me identifiquei em alguns momentos: a de (pseudo) cult.

Tirado do Grito Acreano, esse post informa como, em 5 passos, você, vagabundo que quer servir para algo que não seja mau-exemplo, pode tornar-se um indivíduo (pseudo) cult.

Aqui vão os trechos já inerentes à minha pessoa:

- Sempre critique quase tudo, principalmente em espetáculos(...)

- NUNCA use roupas de marca.

- ...de Lost você deve gostar apenas da primeira temporada.

- Você não escuta rádio(...)

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A de Lost foi F%#da. Tocou na ferida.

Posso ensinar em domicílio, se quiserem.


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Post com a colaboração de Kikil.

domingo, 29 de março de 2009

Chegaram...
















Fotos tiradas pela Lu.

Vídeo feito pelo Luiz Felipe e postado na comunidade brasuca do Iron.

Reportagem da Globo News.

365 dias

Há exatamente tal lapso temporal, foi cometido o crime que vitimou a jovem Isabela Nardoni, de meros 5 anos de idade, e que foi o furor da imprensa à época.

E agora, o que temos?

O casal Alexandre e Anna Carolina, acusados de homicídio triplamente qualificado, aguardando julgamento na cadeia, com consideráveis regalias, levando-se em conta a predominante desgraça que é o sistema penintenciário nacional.

Talvez, no início do segundo semestre ou, no máximo, no começo do ano que vem, segundo o Ministério Público, eles irão à Júri Popular. Sete jurados, escolhidos por sorteio, irão ouvir as acusações do Promotor e as defesas dos advogados, para só depois decidirem o futuro do casal que, se condenados, poderão sofrer uma pena superior a 12 anos de prisão.

Agora, alguns detalhes:

Como são réus primários (nunca responderam por processos judiciais antes), pela lei 11464/07, eles terão direito à progressão de regime com o cumprimento de 2/5 da pena.

Por exemplo: se pegassem 12 anos de prisão, antes de 5 poderiam passar do regime fechado (cadeia, pura e simples, como estão agora) para o semi-aberto (poderiam trabalhar durante o dia e depois voltar à cela, à noite, para assistirem o futebol na TV ou a novela, e irem dormir, como atualmente fazem).

Outro ponto é que, pelo instituto da detração (art. 42 do Código Penal), esse tempo em que eles estão presos provisoriamente já vai ser descontado quando da condenação definitiva. Ou seja, na prática, eles já cumpriram quase um ano daquela condenação que ainda vão ter. Essa demora do julgamento, portanto, é aliada deles.

No final, quem sofre mesmo é aquele condenado à cadeia psicológica.

Sábios eram o Assurbanípal e o Lampião.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Love hurts...


Antes...



Depois...



Agora...



Love scars...
Love wounds...
And marks any heart not tough or strong enough...

terça-feira, 24 de março de 2009

Imagine... - Relato nº 01

...que você é um estudante de faculdade do turno da noite, mas que, por duvidosa conveniência, também estuda pela manhã em alguns dias, onde “paga” apenas uma cadeira nos primeiros horários destes.

Como é praticamente inevitável o atraso, devido à aula na noite anterior e o fato de acordar (cedo) mais cansado que quando foi dormir, você sai apressado no carro de sua genitora, para não perder aquela única aula que você gosta de assistir, bem como a temida chamada.

Ah, e sua casa fica a consideráveis quilômetros de distância da faculdade (leia-se: longe que só a béstaféra).

Então, ainda acreditando que pode chegar com um atraso de pouco mais de 20 minutos, sua pessoa se depara com aquele inesperado e criador de tendências homicidas engarrafamento no começo da principal e longa avenida do seu percurso, a qual você terá que seguir até seu final.

Felizmente, após quase meia-hora de para-e-anda-a-10km/h, na metade da mencionada avenida você contorna o local do leve acidente que havia ocorrido ali entre dois veículos de duas pessoas do sexo feminino, e segue com aquela incessante pressa para tentar chegar o quanto antes à já meio-dada aula.

Chegando, às turras, à rua de acesso ao estacionamento da sua faculdade... mais trânsito. Desta vez, para entrar no local, que já estava lotado.

Após deslocar-se poucos metros num espaço de tempo de 20 minutos e o Bruce Dickinson gritar “run for your lives!” nos alto-falantes do seu possante, você decide ceder aos famigerados e odiados “flanelinhas” e estaciona numa vaga junto ao meio-fio, pensando, nesse momento, apenas em anotar do quadro a matéria já lecionada pelo professor e responder à chamada.

Por fim, entrando na sala, restando pouco para o fim da aula, você senta na primeira banca que vê vazia, passa a mão à testa para tirar o suor que começava a surgir, olha para frente e ouve o professor falar enquanto apaga o quadro:

“...e desculpem ter que liberá-los um pouco mais cedo, mas é devido à uma reunião de professores que vai acontecer agora. Ah, e hoje não vai haver, excepcionalmente, chamada. Até mais, pessoal.”

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Claro que isso é uma hipótese de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Daria até continuação de filme, veja você.

Qualquer dia desses escrevo um livro só com essas fábulas. Acho que sou predestinado.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Gilmarmendesite à vista...



MPF move ação para que veículos não saiam de fábrica com rastreador

Caso não seja anulada, resolução passa a valer a partir de 2010. Para MPF, monitoramento 24h viola a intimidade da vida privada.

No entendimento do MPF, a resolução e as portarias podem fazer com que as pessoas fiquem monitoradas 24 horas por dia, mesmo que o proprietário do veículo opte por não ativar os sistemas. “Os veículos já saem das fábricas moldados para o rastreamento: não há escolha”, destacou o procurador da República Marcio Schusterschitz da Silva Araújo, autor da ação. De acordo com Schusterschitz, a resolução e as portarias também estão em desacordo com o artigo 5 da Constituição, que determina a inviolabilidade da intimidade e da vida privada da pessoa. “O sistema de monitoramento resulta na intrusão e na quebra das expectativas de privacidade do motorista e do proprietário do veículo”.

Link para a notícia completa:

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O impressionante é que a reportagem em momento algum cita a inevitável redução dos absurdos preços dos seguros dos veículos, caso a medida seja realmente implantada. Apenas diz que a implantação do sistema "deverá encarecer os veículos".

Talvez porque manda quem pode, obedece quem tem juízo.

E é impressão minha ou o Sr. Chucrute está com medo da Sra. Chucrute descobrir o verdadeiro teor daquela reunião pós-expediente?

domingo, 22 de março de 2009

Chatice


Todo rubro-negro é chato pois é chato ser rubro-negro. Justifico a afirmação:

O Sport não perde uma partida desde 15/11/08. Em outras palavras, são 19 jogos sem derrotas, sendo 18 vitórias e um empate, num período de pouco mais de 4 meses.

Essas vitórias renderam o título do 1º turno do Campeonato Pernambucano, a liderança (dois jogos e duas vitórias) do mais difícil grupo da Taça Libertadores da América, além do já bem encaminhado título do 2º turno estadual, que, muito provavelmente, cuminará com a conquista do tetra-campeonato.

Somos chatos por, simplesmente, exaltar essa supremacia. E os torcedores dos nossos tradicionais adversários, bem como boa parte dos críticos da imprensa sulista, não a admitem.

Os primeiros mantêm a (também tradicional) inveja por seus times não proporcionarem tamanha satisfação.

Os segundos menosprezam os adversários os quais o Sport derrota, para depois virem seus clubes derrotados por estes. Ironia mais romântica não poderia haver.

Espero que permaneçam assim. Já diria o Bozo: “Pra viver, é melhor sempre rir”.

Hoje, o Sport fez a sua pior partida na Ilha do Retiro, contra o Porto de Caruaru, segundo a imprensa esportiva que esteve lá presente. Querem saber o resultado? 3 x 0 para o Glorioso, agora líder isolado do 2º turno do campeonato com 15 pontos. Três a mais que o segundo colocado.

Isso porque jogou mal, obviamente.

Ah, e faltam 17 dias para o funeral.

sexta-feira, 20 de março de 2009

De novo, ele.


Não bastasse ser o presidente da suprema instância judiciária brasileira, o ministro Gilmar Mendes (aquele mesmo que concedeu dois Habeas Corpus para o banqueiro Daniel Dantas em clara supressão das instituições que deveriam apreciar tal pedido), consegue surpreender ainda mais. Pois é.

Em carta aberta à imprensa, o jornalista
Leandro Fortes, da Carta Capital, descreve a mais recente estupidez cometida por esse senhor que deve se considerar o STF em pessoa.

Segue a carta:

No dia 11 de março de 2009, fui convidado pelo jornalista Paulo José Cunha, da TV Câmara, para participar do programa intitulado “Comitê de Imprensa”, um espaço reconhecidamente plural de discussão da imprensa dentro do Congresso Nacional. A meu lado estava, também convidado, o jornalista Jailton de Carvalho, da sucursal de Brasília de O Globo. O tema do programa, naquele dia, era a reportagem da revista Veja, do fim de semana anterior, com as supostas e “aterradoras” revelações contidas no notebook apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha. Eu, assim como Jailton, já havia participado outras vezes do “Comitê de Imprensa”, sempre a convite, para tratar de assuntos os mais diversos relativos ao comportamento e à rotina da imprensa em Brasília. Vale dizer que Jailton e eu somos repórteres veteranos na cobertura de assuntos de Polícia Federal, em todo o país. Razão pela qual, inclusive, o jornalista Paulo José Cunha nos convidou a participar do programa.

Nesta carta, contudo, falo somente por mim.

Durante a gravação, aliás, em ambiente muito bem humorado e de absoluta liberdade de expressão, como cabe a um encontro entre velhos amigos jornalista, discutimos abertamente questões relativas à Operação Satiagraha, à CPI das Escutas Telefônicas Ilegais, às ações contra Protógenes Queiroz e, é claro, ao grampo telefônico – de áudio nunca revelado – envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Em particular, discordei da tese de contaminação da Satiagraha por conta da participação de agentes da Abin e citei o fato de estar sendo processado por Gilmar Mendes por ter denunciado, nas páginas da revista CartaCapital, os muitos negócios nebulosos que envolvem o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro, farto de contratos sem licitação firmados com órgãos públicos e construído com recursos do Banco do Brasil sobre um terreno comprado ao governo do Distrito Federal, à época do governador Joaquim Roriz, com 80% de desconto.

Terminada a gravação, o programa foi colocado no ar, dentro de uma grade de programação pré-agendada, ao mesmo tempo em que foi disponibilizado na internet, na página eletrônica da TV Câmara. Lá, qualquer cidadão pode acessar e ver os debates, como cabe a um serviço público e democrático ligado ao Parlamento brasileiro. O debate daquele dia, realmente, rendeu audiência, tanto que acabou sendo reproduzido em muitos sites da blogosfera.

Qual foi minha surpresa ao ser informado por alguns colegas, na quarta-feira passada, dia 18 de março, exatamente quando completei 43 anos (23 dos quais dedicados ao jornalismo), que o link para o programa havia sido retirado da internet, sem que me fosse dada nenhuma explicação. Aliás, nem a mim, nem aos contribuintes e cidadãos brasileiros. Apurar o evento, contudo, não foi muito difícil: irritado com o teor do programa, o ministro Gilmar Mendes telefonou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do PMDB de São Paulo, e pediu a retirada do conteúdo da página da internet e a suspensão da veiculação na grade da TV Câmara. O pedido de Mendes foi prontamente atendido.

Sem levar em conta o ridículo da situação (o programa já havia sido veiculado seis vezes pela TV Câmara, além de visto e baixado por milhares de internautas), esse episódio revela um estado de coisas que transcende, a meu ver, a discussão pura e simples dos limites de atuação do ministro Gilmar Mendes. Diante desta submissão inexplicável do presidente da Câmara dos Deputados e, por extensão, do Poder Legislativo, às vontades do presidente do STF, cabe a todos nós, jornalistas, refletir sobre os nossos próprios limites. Na semana passada, diante de um questionamento feito por um jornalista do Acre sobre a posição contrária do ministro em relação ao MST, Mendes voltou-se furioso para o repórter e disparou: “Tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta”. Como assim? Que perguntas podem ser feitas ao ministro Gilmar Mendes? Até onde, nós, jornalistas, vamos deixar essa situação chegar sem nos pronunciarmos, em termos coletivos, sobre esse crescente cerco às liberdades individuais e de imprensa patrocinados pelo chefe do Poder Judiciário? Onde estão a Fenaj, e ABI e os sindicatos?

Apelo, portanto, que as entidades de classe dos jornalistas, em todo o país, tomem uma posição clara sobre essa situação e, como primeiro movimento, cobrem da Câmara dos Deputados e da TV Câmara uma satisfação sobre esse inusitado ato de censura que fere os direitos de expressão de jornalistas e, tão grave quanto, de acesso a informação pública, por parte dos cidadãos. As eventuais disputas editoriais, acirradas aqui e ali, entre os veículos de comunicação brasileiros não pode servir de obstáculo para a exposição pública de nossa indignação conjunta contra essa atitude execrável levada a cabo dentro do Congresso Nacional, com a aquiescência do presidente da Câmara dos Deputados e da diretoria da TV Câmara que, acredito, seja formada por jornalistas.

Sem mais, faço valer aqui minha posição de total defesa do direito de informar e ser informado sem a ingerência de forças do obscurantismo político brasileiro, apoiadas por quem deveria, por dever de ofício, nos defender.


Leandro Fortes

Jornalista

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Como diria o Idelber Avelar: "...arremedo de jurista, excrescência farsesca e vergonha nacional que é o Gilmar Mendes.".

Felizmente, há quem o enfrente. Seja nos resquícios de imparcial e corajoso jornalismo, seja nas atitudes dos que ainda creem num ferido Poder Judiciário.

Link para o programa "censurado" : http://www.youtube.com/watch?v=TCFP6qnjl94

Daqui a pouco, o onipotente, onipresente e onisciente manda tirar do YouTube, também.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Essa é ótima

Novo ônibus do Flamengo:


Para quem não captou: http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3591433-EI12405,00-Flamengo+da+vexame+e+perde+para+Resende.html

A fábrica da Volkswagen não poderia ser em melhor lugar, hein?

sábado, 14 de março de 2009

Para ouvir

Rock nacional nunca foi meu forte. Desde a infância, me admiravam os solos de guitarra do Slash e os gritos agudíssimos do Axl Rose e do Steven Tyler, ainda que naquela época não entendesse bulhufas do que eles diziam. Meu gosto musical foi todo desenvolvido em cima da internacionalidade, o que não é de todo ruim, acho.

Mas, de uns tempos para cá, devido à influência de algumas pessoas e uns espasmos de falso patriotismo, tenho ouvido mais músicas nacionais. Dentre elas, as músicas do Acústico MTV - Ultraje a Rigor.

A banda sempre foi um marco do rock nacional, mas nunca havia passado minuciosamente pelos meus ouvidos internacionalizados. Em outras palavras, nunca “parei para ouvir” o Ultraje. Mesmo o Roger, vocalista, eu só conhecia por causa do Rockgol.

Depois que ouvi esse álbum (que é de 2005), passei a admirar esses já senhores do rock. Ultimamente tenho ouvido diariamente, pelo menos, Zoraide, Mim Quer Tocar e Maximillian Sheldon. Essa última, inclusive, com um momento de viradas consecutivas do excelente baterista Bacalhau.

As outras, clássicas conhecidas até por este ermitão musical que vos escreve, continuaram boas como sempre foram. E os vários violões simultâneos contribuíram para isso. Show acústico é outro nível.

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Links:

Acústico MTV - Ultraje a Rigor: http://www.megaupload.com/?d=S2T6DD1Y